O Atakarejo Distribuidor de Alimentos e Bebidas pagará R$ 20 milhões ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), para custear, preferencialmente, iniciativas ligadas ao combate do racismo estrutural. O custeio é apenas uma das medidas antirracistas listadas do acordo homologado nesta semana.
A empresa irá arcar com o valor devido a uma obrigação firmada por meio de um Termo de Acordo Judicial com os ministérios públicos do Estado da Bahia MP-BA) e do Trabalho (MPT), defensorias públicas da União (DPU) e do Estado (DPE), Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Centro Santos Dias de Direitos Humanos e Odara- Instituto da Mulher Negra
Por isso, o Atakarejo deverá seguir uma série de restrições, como realizar a contratação de empresas de segurança patrimonial que possuam em seus quadros de empregados policiais civis, militares da ativa ou expulsos das instituições, assim como pessoas julgadas por violência física ou psíquica. A empresa também não poderá proibir a filmagem das abordagens realizadas por seus trabalhadores ou colaboradores.
Outra obrigação é que nos próximos seis meses, a rede de atacado-varejista tem que atualizar seu Código de Ética e Conduta para reforçar a proibição de práticas discriminatórias, que possam gerar constrangimento. Assim como deverá ser necessário revisar a política de diversidade e inclusão para reforçar o discurso de tolerância zero à discriminação dentro da empresa.