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Camaçarí / BA - 24 de Novembro de 2024
Publicado em 28/08/2023 16h20

França anuncia proibição de vestimenta muçulmana nas escolas

Ministro da educação francês declarou que abaya, traje característico em países árabes, não poderá ser usada por alunas
Por: Metro 1

 França anuncia proibição de vestimenta muçulmana nas escolas

Foto: Reprodução/Redes sociais

Por: Metro1 no dia 28 de agosto de 2023 às 15:32

Atualizado: no dia 28 de agosto de 2023 às 15:47


O ministro da Educação francês, Gabriel Attal, afirmou que alunas não poderão usar abaya nas escolas do país. O anúncio, feito no domingo (27), proíbe o traje que cobre a maior parte do corpo, exceto rosto e mãos, comum em países árabes e no Norte da África.

A justificativa para a decisão foi manter a laicidade nas escolas, que, segundo Attal, era desrespeitada pela presença da vestimenta. "Quando o aluno entra em uma sala de aula, não se deve poder identificar a sua religião ao olhar para ele", afirmou o ministro.

Símbolos religiosos ostensivos, como quipá e véu islâmico, já são proibidos na França desde 2004.

O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) considera que a peça não representa um símbolo islâmico. Contudo, desde o ano passado, o Ministério da Educação já havia comunicado que escolas poderiam proibir o uso de abayas, saias muito longas e bandanas. 

A declaração mais recente foi feita após o uso do traje por adolescentes ter se tornado discussão, principalmente entre conservadores de direita.

"As instruções não estavam claras, agora estão, e nós as saudamos", disse à AFP Bruno Bobkiewicz, secretário-geral do sindicato que representa os diretores de instituições de ensino.

A decisão dividiu opiniões no país, cuja presença de imigrantes é vasta, mas não sempre bem aceita por franceses.  O deputado replubicano, Éric Ciotti, apoiou a decisão, já solicitada anteriormente pelo seu grupo partidário de direita. 

A deputada de esquerda Clémentine Autain considerou a proibição inconstitucional e criticou "a política da vestimenta". Segundo a deputada, a medida é “característica de uma rejeição obsessiva aos muçulmanos”.

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