Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT) garantiu que a tendência é "quase zero" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregar o Ministério do Desenvolvimento Social para o centrão. A pasta causa cobiça nos partidos do grupo, mas é muito importante para o Palácio Planalto porque é responsável pelo Bolsa Família.
"Acho que essa expectativa tende a zero. Isso aí não é um problema meu, mas a entrega de um ministério que tem a cara dele para um partido que não esteja, vamos dizer, que tenha mais história com a gente", disse o senador. "Esse é o problema, também atiravam na Saúde, agora no Wellington [Dias], quem será o próximo?", continuou.
Lula e o centrão negociam mais espaço na Esplanada em troca de apoio nas votações de interesse do governo no Congresso Nacional. Por enquanto, Republicanos e Progressistas são as principais siglas envolvidas nas negociações. Os possíveis nomes para assumir algum ministério são os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
O centrão chegou a tentar negociar o Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade. Lula, no entanto, já rechaçou publicamente a possibilidade de ceder tanto a Saúde quanto a pasta de Desenvolvimento Social, do ministro Wellington Dias. "Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério", disse o presidente em entrevista à TV Record.
A pasta de Wellington Dias tem um dos maiores orçamentos da Esplanada: R$ 276 bilhões, maior do que Saúde e Educação. Apesar disso, o ministério vem sendo alvo de críticas no Planalto. Os motivos são a ainda discreta quantidade de pautas positivas para o governo e o fato de ter travado a liberação de emendas.