Lucas Perreira
Depois de participar do cortejo do 2 de Julho, em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em Ilhéus, no sul da Bahia, o novo Programa de Acelaração ao Crescimento (PAC) e a concretização de uma antiga promessa: a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
Anunciado inicialmente em 2010, último ano do segundo mandato de Lula, o projeto da ferrovia prevê 1.527 km de extensão, divididos e entregues em três etapas, partindo da cidade de Ilhéus e chegando até o município de Figueirópolis, no Tocantins.
A construção da Fiol começou efetivamente em 2011, quando foram marteladas as primeiras vigas do trecho 1, que liga Caetité, no sudoeste do estado, à Ilhéus, mas as obras previstas para entrega em 2012 seguem inacabadas neste 2023. A nova previsão do governo é de que a primeira etapa, a Fiol 1, seja finalizada até 2026.
Na previsão inicial, a Fiol 1 custaria R$ 1,7 bilhão aos cofres público. Em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de 2020, esse valor foi atualizado para R$ 2,6 bilhão. O montante excede em R$ 930 milhões o planejamento original.
O que está feito?
A Fiol 1 tem 549 km de extensão, vai passar por 19 municípios baianos e está loteada da seguinte forma: 1F, 2F, 2FA (Túnel de Jequié), 3F e 4F. Mas afinal, em que trilhos estão as obras da ferrovia? O governo afirmou que dois dos cinco lotes já estão concluídos, cerca de 40% do projeto.
O traçado da Fiol 1 atravessará as cidades de: Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.