O Horto Florestal Linaldo da Silva recebeu, no final da tarde da segunda-feira (19/6), moradores de diversos bairros da cidade, especialmente os que ficam próximos ao Centro, para a 5ª Oficina de Participação Social para elaboração da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), e dos códigos Urbanístico, Ambiental e de Obras do município.
Como ponto de partida para a construção de uma cidade mais igualitária e justa para os cidadãos, identificando os grandes desafios a serem vencidos para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável, o encontro foi norteado por eixos estruturadores, de acordo com os cinco pilares do Desenvolvimento Sustentável, previstos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), são eles: Pessoas, Paz, Parcerias, Prosperidade e planeta.
Membro do grupo de trabalho que tratou sobre o tema Pessoas, Alisson Bacelar, morador do bairro Lama Preta, instrutor da disciplina de Ética na Escola Grau Técnico, levou alguns alunos para participarem da oficina. "Acho muito importante esses eventos. É a primeira vez que eu participo, e trouxe parte dos meus alunos para exercer, na prática, o que aprenderam em sala, que é a questão da cidadania e da participação da sociedade nos instrumentos públicos. Mostrando para eles, como a gente, enquanto cidadão, participa das mudanças que ocorrem no município, vendo na prática como se dá a participação popular", explicou.
Integrante do mesmo grupo, José Luan, morador do Nova Vitória e aluno do curso de Administração, avaliou positivamente o debate. "Eu achei de muita valia participar desta oficina. Aqui, a gente pôde aprender um pouco mais e também discutir sobre algumas demandas. Pudemos trazer sugestões e opinar sobre serviços que estão sendo necessários para garantir mais qualidade de vida para quem vive aqui", destacou.
As oficinas participativas são importantes para promover o diálogo entre os diferentes agentes sociais e garantir que as demandas da comunidade sejam consideradas no processo de elaboração do Plano Diretor. "Esse momento de oitiva, de escuta da população é importante para que se tenha um diagnóstico mais fiel do que está sendo feito, do que a cidade vive hoje. E, a partir daí, seguir para o segundo momento, que é a fase propositiva, que é a que eu acho mais interessante, pois daí surgem as soluções para a cidade", disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Mobilidade e Direito Urbanístico da OAB/BA, Subseção Camaçari, Juan Campos.
Para a residente do Novo Horizonte, Amanda Souza, o comprometimento da população é fundamental neste processo. "Acho muito importante o envolvimento, não somente de moradores junto com as autoridades, que estão empenhados em ouvir a comunidade e oferecer a cada um uma abertura de plano para favorecer a cidade e qualidade de vida, mas de todos que habitam aqui", finalizou.
Participante do grupo Planeta, Itana Siele, moradora da Gleba B, parabenizou a iniciativa. "Foi bem produtivo, gratificante. É importante que a população participe desses eventos, dessas oportunidades de expressar como vê, como pode ser melhorado. A gente se queixa muito de que as coisas não estão funcionando, mas quando tem a oportunidade de ser escutado, a gente não fala, e eu acho importante essa participação", salientou.
Na sede, vai acontecer mais uma oficina nesta terça-feira (20/6), na Escola Cosme de Farias, no Phoc I. Já a costa do município, será contemplada com os três últimos encontros deste 1º ciclo.
Confira o cronograma completo:
20 de junho, às 17h30 – Escola Cosme de Farias, no Phoc I;
27 de junho, às 17h30 – Escola Municipal Eliza Dias de Azevedo, em Vila de Abrantes;
29 de junho, às 17h30 – Centro Educacional Tancredo Neves, em Jauá;
30 de junho, às 17h30 – Escola Municipal Amélia Rodrigues, em Monte Gordo.