No ano em que a Bahia celebra o bicentenário da Independência, os matenses têm mais um motivo para se orgulhar. Pesquisadores, historiadores e representantes municipais realizaram um movimento que garantiu o reconhecimento, pela organização dos eventos na Capital, da participação das cidades do antigo Recôncavo Norte nas lutas pela independência da Bahia.
Os ritos do evento foram discutidos durante reunião no dia 17 de maio entre a equipe operacional da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e representantes das quatro cidades. O roteiro apresentado terá saída de Mata de São João, seguindo para Dias d'Ávila, Camaçari e, por fim, Lauro de Freitas, de onde deve ser integrado ao percurso tradicional que sai de Cachoeira.
Uma comissão organizadora está sendo montada com representantes do poder público e da sociedade civil para receber, pela primeira vez, o Fogo Simbólico da Independência. Segundo Ricardo Matense, pesquisador da história local e representante do município na Comissão Organizadora de Salvador, o fogo sairá de Mata de São João no dia 30 de junho às 7h.
Para o secretário de turismo de Mata, Alexandre Rossi, o reconhecimento do município no processo da independência é muito importante, "Mata de São João fazendo parte do cortejo do 2 de Julho de forma oficial é um resgate à nossa história, uma justa homenagem àqueles que bravamente lutaram pela consolidação da Independência do Brasil na Bahia", ressalta Rossi.
A Prefeitura Municipal elaborou uma marca que certamente ficará para as próximas gerações. Além da Tocha com o fogo simbólico da independência, a Igreja do Senhor do Bonfim de Mata (região onde soldados portugueses foram aprisionados) e a Casa da Torre de Garcia D`Ávila (que teve fundamental importância nas batalhas da independência com a participação do Visconde de Pirajá) se fazem presente na marca.
Recôncavo Norte - Os atuais municípios de Mata de São João (antiga Freguesia do Senhor do Bonfim), Dias D`Ávila (antiga Feira do Capoame), Camaçari (antiga Vila de Abrantes) e Lauro de Freitas (antiga Freguesia de Santo Amaro de Ipitanga) fazem parte hoje da chamada Região Metropolitana de Salvador, mas na época eram o chamado Recôncavo Norte.
