O chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de buscas pela Polícia Federal no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (12), no caso das joias sauditas. Na ação, a PF apreendeu o celular de Marcelo da Silva Vieira.
De acordo com apuração da TV Globo, Vieira, ao depor no mês passado, tinha prometido entregar o celular para perícia, mas não deixou o aparelho porque "estava atrasado" e precisava "pegar um voo".
Em depoimento à PF, Vieira tinha dito que Bolsonaro participou de um telefonema sobre um ofício feito por Mauro Cid, braço direito do ex-presidente, para tentar resgatar as joias, apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O servidor contou ainda que Cid pediu para ele assinar um ofício que seria enviado à Receita Federal para solicitar a incorporação das joias. Tudo ocorreu via WhatsApp.
Cid enviou ofício a Vieira em 27 de dezembro, e o chefe de Gabinete negou o pedido. Vieira afirmou, então, deu explicações técnicas sobre a impossibilidade e que Bolsonaro disse “Ok, obrigado”.
O funcionário, como chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, tinha como função revisar o que poderia ser aceito como presente para o acervo privado presidencial ou não. Ele foi exonerado do cargo em janeiro de 2023, assim como outros servidores do governo, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência.