O pedido foi feito pelas advogadas Mariana Miranda e Camila Machado e solicita que "a Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público ou qualquer outro órgão sejam impedidos de ordenar a prisão de quem quer que esteja portando ou queimando fogos de artifício/espadas no período junino".
Procurada pelo Metro1, Mariana disse que o pedido foi feito "para que todos os bonfinenses pudessem sentir sua tradição novamente. Desde 2017 querem criminalizar nossa cultura". Naquele ano, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) vetou a guerra de espadas em Senhor do Bonfim e suspendeu uma lei que tornava a prática patrimônio cultural do município.
Anteriormente, a guerra de espadas já havia sido cancelada em Cruz das Almas, no ano de 2011. Ainda assim, a prática continua acontecendo — no dia 13 de junho, um menino de 11 anos foi atingido pelo fogo de artifício e perdeu 11 dentes, além de ter que reconstruir a língua, a boca e parte do maxilar ainda aguarda cirurgia.
A advogada Mariana afirma que junto com sua colega, estiveram "estudando e conseguimos essa liminar para quem quiser, possa queimar sua espada sem que seja preso". A decisão libera a guerra de espadas apenas em três ruas de Senhor do Bonfim.