Camaçarí / BA - 16 de Julho de 2025
Publicado em 06/05/2025 22h54

BYD inicia produção de carros elétricos em Camaçari em junho

BYD confirma início da produção de veículos elétricos em Camaçari
Por: Aratu online

A montadora chinesa BYD dará início à produção de veículos elétricos em sua nova fábrica localizada em Camaçari, na Bahia, já no próximo mês de junho. A informação foi confirmada pela vice-presidente global da empresa, Stella Li, durante uma coletiva de imprensa em Shengzhou, na China.

Produção inicial e expectativas

 

Na fase inicial, os veículos serão importados desmontados por via marítima e montados localmente na unidade baiana. A previsão é que, até o final de 2025, a produção seja totalmente nacionalizada, com todos os componentes sendo fabricados no Brasil.

 

O modelo brasileiro de estreia será o Dolphin Mini, versão mais compacta do popular hatch elétrico Dolphin. Além deste, a planta de Camaçari também produzirá os modelos Yuan Plus e Song Plus, ambos SUVs híbridos da marca.

 

Capacidade e perspectivas de expansão

 

A fábrica de Camaçari terá capacidade inicial para produzir até 150 mil veículos por ano. A BYD planeja expandir essa produção para 300 mil unidades anuais até 2028, consolidando-se como um polo estratégico para a América Latina. Além de abastecer o mercado brasileiro, a planta também exportará veículos para outros países da região, aproveitando a proximidade com os principais mercados latino-americanos e os incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro.

 

Investimentos e empregos

 

O investimento da BYD no Brasil é significativo, com a empresa destinando US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) para a aquisição e modernização da antiga planta da Ford em Camaçari. A expectativa é que a nova unidade gere cerca de 10 mil empregos diretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

 

Desafios e compromissos

 

Apesar dos avanços, a construção da fábrica enfrentou desafios. Em dezembro de 2024, o Ministério Público do Trabalho resgatou 163 trabalhadores chineses que estavam em condições análogas à escravidão no canteiro de obras. A BYD reagiu, rescindindo o contrato com a construtora responsável e afirmando que "não tolera qualquer violação às leis brasileiras ou à dignidade humana".

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