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O levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 785 focos de queimadas na Bahia entre 1º a 26 de agosto. Os dados divulgados na última segunda-feira (26) apontam que a situação é mais crítica no oeste do estado, onde ocorreu 506 incidentes.
Em entrevista ao Jornal da Metropole no Ar nesta quinta-feira (29), o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel Adson Marchesini, analisou as medidas de combate às queimadas no estado: "Estamos buscando fazer a prevenção a partir de uma parceria do Corpo de Bombeiros com a Secretaria do Meio Ambiente. Desde de janeiro nós elaboramos cursos para as comunidades no interior do estado, sobre a prevenção de queimadas. Formamos mais de 50 turmas."
A Bahia é o segundo estado do Nordeste com o maior registro de ocorrências, marcando 3.265 focos de queimadas desde o primeiro mês do ano. Há três dias, o município de Cocos registra grandes queimadas em uma propriedade rural. Somente no mês de junho, os bombeiros registraram 40 ocorrências no município de Luís Eduardo Magalhães.
Cidades do interior de São Paulo enfrentam uma onda de incêndios que começou na sexta-feira (23). De acordo com a Defesa Civil, o risco de emergência tomará quase todo o estado no próximo domingo (1). "Houveram muitas queimadas criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Aqui na Bahia, o período de incêndio florestal vai de julho até dezembro por conta do forte calor e baixa humidade do ar.", o Comandante afirma.
Diante do panorama nacional de incêndios, com o registro de 53.976 focos no Brasil pelo Programa Queimadas até a última terça-feira (27), ele finaliza: "Algumas pessoas ainda limpam terrenos sem o devido cuidado, jogam cigarro na beira da estrada achando que nada vai acontecer, acendem fogueiras sem responsabilidade. A irresponsabilidade das pessoas gera grandes incêndios florestais."